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O abate de ovinos no Uruguai em 2024 não está acompanhando o mesmo desempenho de 2023 (Gráfico 1). No acumulado entre a primeira semana de janeiro e a última de junho de 2024, as plantas uruguaias abateram um total de 418,81 mil ovinos. Quando comparado com o mesmo período do ano anterior e com a média entre os anos de 2009 e 2023, esse número representa uma queda de 11,4 % e 42,0%, respectivamente.

Gráfico 1 – Abate semanal acumulado uruguaio de ovinos (mil cab.).

Fonte: elaborado a partir de INAC por Via Agro Inteligência de Mercado

Como apresenta a Tabela 1, o abate uruguaio de cordeiros nesse período apresentou uma redução de 45,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o abate de ovelhas e de borregos reduziram, respectivamente, em 40,7% e 27,78%. A única categoria que teve o número de animais abatidos acima da média de 15 anos (2023 à 2009) foi a de ovelhas (5,4%), enquanto o abate de cordeiros, borregos e demais ficaram, respectivamente, 16,8%, 11,5% e 46,1% abaixo da média considerando o mesmo período.

Tabela 1 – Abates (1.000 cabeças) uruguaio por categoria entre a primeira semana de janeiro e a última de junho em cada período.

Categorias20242023Média
Cab.%Cab.%Cab.%
Cordeiro167,5440,0%305,1842,2%201,4042,6%
Ovelha187,7944,8%316,6843,8%178,1137,7%
Borrego33,308,0%46,126,4%37,618,0%
Demais30,077,2%54,057,5%55,7811,8%
Total418,81100,0%722,29100,0%412,89100,0%
Fonte: elaborado a partir de INAC por Via Agro Inteligência de Mercado.

Além disso, na primeira metade do ano de 2024 houve variações significativas em relação participação de cada categoria nos abate de ovino do Uruguai. Em termos percentuais, a participação dos cordeiros no total de abates foi a menor desde 2011 enquanto a participação das ovelhas foi a segunda maior desde 2005 e próxima ao valor de 2010, a maior porcentagem para a categoria.

Na média geral, o período entre a primeira semana de janeiro e a última semana de junho, que marca o primeiro semestre do ano, é responsável por 39,9% dos ovinos abatidos no Uruguai. Com isso, há um aumento sazonal no número de animais abatidos em todas as categorias após esse período, que se intensifica nas últimas 16 semanas do ano. Deste modo, é esperado um aumento na quantidade de animais abatidos no país vizinho nos próximos meses, no entanto dificilmente esse número será igual ou superior ao ano anterior.

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